sábado, 31 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
1- Historia da Heroína
A heroína surgiu em 1898 pelas mãos dos laboratórios da Bayer com o intuito de substituir a morfina, um alcalóide natural do ópio que deprime o sistema nervoso central. Esta, foi amplamente utilizada na guerra civil americana para tratar os feridos devido às suas propriedades analgésicas. No final do conflito cerca de 45 mil veteranos encontravam-se viciados em morfina. No entanto, apesar da certeza que a droga era altamente perigosa e causadora de dependência, esta continuou a ser usada nos EUA (para o tratamento de diversas patologias) aumentando assim o número de viciados. Surgiu então, a necessidade de procurar um substituto seguro para a morfina.
Na Alemanha surge o que se pensou ser na época o substituto
ideal: a diacetilmorfina, uma substância três vezes mais potentes que a
morfina.
Após a administração desta droga em dependentes da morfina
comprovou-se que a droga aliviava os sintomas de abstinência dos
toxicodependentes. Durante cerca de doze anos acreditou-se que a heroína
poderia substituir, segura e eficazmente, a morfina.
A heroína passou a ser utilizada como remédio para a cura do
alcoolismo, além do seu uso nas doenças anteriormente "tratadas" pela
morfina. Por ironia, ficou provado que a heroína é ainda mais viciante do que a
morfina, podendo criar dependência em apenas algumas semanas de uso.
Em 1912, os Estados Unidos assinaram um tratado
internacional visando acabar com o comércio de ópio no mundo inteiro. Dois anos
mais tarde, o Congresso norte-americano aprovou uma lei que restringiu o uso de
opiáceos, e, na mesma década, criou mecanismos judiciais que tornavam a heroína
ilegal.
Isso levou a uma situação peculiar: antes de 1914, muitas
pessoas tornaram-se viciadas em heroína, consumindo a droga como remédio. A
partir desta data os dependentes foram transformados em marginais que
para obter a
droga com o intuito de aliviar os sintomas de abstinência tinham de recorrer ao
mercado negro.
Da mesma forma que se procurou um substituto para a morfina,
começou-se a pesquisar substâncias para resolver o problema do vício da
heroína. Uma das substâncias encontradas foi a metadona.
Datas importantes na história dos Opiáceos:
1803 – A morfina foi isolada do ópio
pelo Frederick Serturner.
1832 – A Codeína foi extraída do ópio.
1853 – Foi descoberta injecção hipodérmica .
1874 – A Primeira vez em que a heroína foi produzida a
partir da morfina.
1898 – A Bayer Company introduz a heroína como
substituto da morfina.
1906 – Passou a ser obrigatório a rotulagem das substâncias
contidas nos medicamentos
1914 – Foi introduzido uma taxa para a distribuição de
opiáceos
1922 – Foi restringida a importação do ópio excepto para uso
medicinal.
1924 – O fabrico e posse de heroína tornou-se ilegal
1930 –
Federal Bureau of Narcotics foi criada.
1970 – Divisão das drogas em categorias,
regulamentos e penalizações para os narcóticos.
2 - Historia da Cocaína
A coca é um dos estimulantes de origem natural mais antigos,
mais potentes e perigosos. Três mil anos antes do nascimento de Cristo, os
antigos Incas nos Andes mascavam folhas de coca para conseguir que os seus
corações batessem muito mais depressa, e para acelerar a sua respiração para
contrastar com os efeitos de viver no ar rarefeito da montanha.
Os nativos peruanos mascavam folhas de coca somente durante
as cerimônias religiosas. Este tabu foi quebrado quando os soldados espanhóis
invadiram o Peru em 1532. Aos índios forçados a trabalhar
nas minas de prata espanholas eram fornecidas folhas de coca, pois isso
tornava–os mais fáceis de controlar e explorar.
A cocaína foi isolada (extraída das folhas
de coca) pela primeira vez em 1859 pelo químico alemão Albert Niemann. Mas só
em 1880 é que se tornou popular na comunidade médica.
O psicanalista austríaco Sigmund Freud, que usava ele
próprio a droga, foi o primeiro a promover amplamente a cocaína como um Tonico
para curar a depressão e a impotência sexual
Em 1884, publicou um artigo intitulado “Über Coca” (sobre a
coca) o qual promovia os “benefícios” da cocaína, chamando–lhe a substância
“mágica”.
Freud, contudo, não era um observador objetivo. Consumia
cocaína regularmente, prescreveu–a à sua namorada e ao seu melhor amigo e
recomendou–a para uso geral.
Embora notasse que a cocaína conduzia à “decadência física e
moral”, Freud continuava a promover a cocaína aos seus amigos íntimos, um dos
quais acabou por sofrer de alucinações paranóicas de “cobras brancas a rastejar
pela sua pele”.
Freud também acreditava que “Para os humanos a dose tóxica
(de cocaína) era muito elevada, e que parecia não haver uma dose letal”.
Contrariamente a esta crença, um dos pacientes de Freud faleceu de uma elevada
dosagem por ele prescrita.
Em 1886, a popularidade da droga conseguiu um maior impulso
quando John Pemberton incluiu as folhas de coca como um ingrediente no seu novo
refresco, Coca–Cola. Os efeitos revitalizantes e eufóricos sobre o consumidor
ajudaram a subir vertiginosamente a popularidade da Coca–Cola na viragem do
século.
Dos meados do século XIX aos primeiros anos do século XX,
elixires de cocaína e ópio (poções mágicas e médicas), tônicos e vinhos foram
amplamente usados por pessoas de todas as classes sociais. Pessoas célebres que
promoveram os efeitos “milagrosos” dos tônicos e elixires de cocaína incluíram
o inventor Thomas Edison e a atriz Sarah Bernhardt. A droga tornou–se popular
na indústria do cinema mudo, e as mensagens a favor da cocaína que saíam de
Hollywood naqueles tempos influenciavam milhões.
O consumo de cocaína na sociedade aumentou e os perigos da
droga tornaram–se gradualmente mais evidentes. A pressão pública forçou a
companhia de Coca–Cola a retirar a cocaína da bebida em 1903.
Em 1905, tornou–se popular “snifar” cocaína e nos seguintes
cinco anos, os hospitais e a literatura médica começavam a reportar casos de
danos nasais como resultado do uso desta droga.
Em 1912, o governo dos Estados Unidos reportou 5000 mortes
relacionadas com a cocaína num ano, e em 1922 a droga foi oficialmente banida.
Nos anos 70, a cocaína emergia como a nova droga da moda
para artistas e empresários. A cocaína parecia o companheiro perfeito
para uma viagem excitante.
A cocaína “providenciava energia” e ajudava as pessoas a permanecerem
“eufóricas”.
Nalgumas universidades americanas, a percentagem de
estudantes que experimentaram cocaína aumentou 10 vezes entre 1970 e 1980.
No final da década de 1970, os traficantes de droga
colombianos começaram a estabelecer uma rede elaborada para contrabandear
cocaína nos EUA.
Tradicionalmente, a cocaína era uma droga para ricos, por se
tratar de um hábito muito caro. No final da década de 1980, a cocaína não era
mais a droga de eleição só dos ricos. Nessa altura, tinha a reputação de ser a
mais perigosa e viciante droga da América, ligada à pobreza, crime e morte.
No início dos anos 90, os cartéis de droga colombianos
produziram e exportaram entre 500 a 800 toneladas de cocaína ao ano, não só
para os EUA mas também para a Europa e Ásia. Os grandes cartéis eram
desmantelados pelas agências de execução da lei em meados de 1990, mas hoje eles
foram substituídos por grupos menores – com mais de 300 organizações de
contrabando de droga conhecidas e ativas na Colômbia.
Desde 2008, a cocaína tornou–se a segunda droga ilegal mais
contrabandeada no mundo.
Instituição Social Manassés
Rua Goiás, 219 - Bairro Espírito Santo – CEP 32604-628
Telefones: (31) 3356-4762
Telefones: (31) 3356-4762
Várias instituições do
governo, particulares ou gratuitas fazem os tratamentos de dependentes. A
instituição Manassés é um exemplo de instituições gratuita e
sem a ajuda do governo. O tratamento reúne etapas importantes, como: desintoxicação;
psicoterapia; ressocialização, na qual o paciente é preparado para o retorno ao
lar.
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